sexta-feira, 21 de maio de 2010

O plástico nos Oceanos

Quando as pessoas jogam lixos nas ruas, pensam que estão afetando apenas a sua cidade. Mas a verdade é que esses lixos viajam milhares e milhares de quilômetros e acabam chegando até os oceanos.






O lixo que jogamos nas ruas faz um percurso que não temos conhecimento.
De acordo com o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, os refugos de plástico causam a morte de mais de um milhão de pássaros marinhos todos os dias, e também de mais de 100 mil mamíferos marinhos que se ingerem ou levem plásticos para seus filhotes julgando tratar-se de alimento. Seringas, filtros de cigarro, escovas de dente e pedaços de sacolas de plástico tem sido encontradas no estômago de animais mortos.
Há seis anos, uma baleia minke foi encontrada morta na Normandia, no norte da França, com 800 QUILOS de sacolas plásticas no estômago.
Em regiões como a Califórnia, é comum achar tartarugas, leões-marinhos e focas mortos por asfixia ou lesões internas provocadas pela ingestão de plástico. O Atol de Midway, próximo ao Havaí, é o símbolo máximo da tragédia que o plástico impinge aos mares. Por capricho das correntes marinhas, o atol recebe diariamente o entulho plástico proveniente do Japão e da costa oeste dos Estados Unidos.
A grande expansão dos pedaços de plástico – de fato a maior quantidade de lixo no mundo jogada fora – está sendo concentrada em uma determinada área pelo movimento circular das correntes marítimas. Esta sopa em movimento expande-se por cerca de 500 milhas náuticas a partir da costa da Califórnia, cruza o norte do Pacífico, passa o Havaí e chega quase ao Japão.
Historicamente o lixo que chegava aos oceanos era biodegradável. Mas os plásticos modernos são tão duráveis que objetos com mais de 50 anos podem ser encontrados na área do norte do Pacífico. 


O plástico encontrado nos oceanos não é apenas aquele que se vê enfeando as praias, como sacolas e garrafas. Uma das principais ameaças vem de peças quase invisíveis, os chamados pellets, bolinhas com meio centímetro de diâmetro utilizadas como matéria-prima pelas indústrias.
O mundo produz atualmente 230 milhões de toneladas de produtos plásticos por ano - contra 5 milhões na década de 50. Os pellets chegam aos oceanos como lixo industrial e por meio do descarte de navios que os usam para limpar seus tanques e porões. Essas bolinhas têm enorme capacidade de absorção de poluentes.
Apenas uma delas apresenta concentração de poluentes até 1 milhão de vezes maior que a da água onde se encontra, envenenando os cardumes que a ingerem. Um estudo feito neste ano por pesquisadores da Universidade de São Paulo mostrou que em Santos, no litoral paulista, cada meio metro cúbico de areia da praia contém até 20.000 pellets.
Precisamos parar de jogar lixo nas ruas, rios e mares. Pense nisso! Bibliografia: Planeta Sustentável - <planetasustentável.abril.com.br> The Urban Earth - <theurbanearth.wordpress.com>Acessado em 20 de maio de 2010.






2 comentários:

  1. Gostei muito do teu blog.Esse tipo de conscientização para que preservemos o planeta para aqueles que virão depois que nós nos formos é imprescindível.Parabéns pela iniciativa,Nayara.
    http://barthes-fragmentos.blogspot.com

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