quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A gestão dos Parques Nacionais da Austrália e da Mata Atlântica

Há muitos anos já é proibido suprimir mata ciliar, poluir corpos d'água, caçar... Mas não se cumprem as leis. No caso da Mata Atlântica, ainda vemos, vez por outra, nos jornais, notícias de firmas multadas por desmatamento. Menos mal, mas ainda assim é péssimo.

No último dia 3 Dezembro, após mais de dez anos de discussões, a Câmara dos Deputados aprovou nova Lei para a Mata Atlântica. Entre outros avanços, a Lei protege corredores ecológicos, vegetação secundária em estado de regeneração e bolsões naturais inseridos em áreas urbanas. Parece um grande avanço que nos permitirá salvar a Mata Atlântica da sua completa extinção. Ao olharmos o papel em que a Lei está impressa, somos tomados por um sentimento de otimismo aliviado.

Infelizmente, contudo, a nova peça legal acrescenta muito pouco à realidade atual da Mata Atlântica.
De fato, com as leis pré-existentes, já era possível proteger a contento esse ecossistema tão ameaçado. Se aplicada, a legislação brasileira anterior a 3 de Dezembro de 2003 teria, por si só, evitado a redução da Mata Atlântica a apenas 7% de sua dimensão original. O que nos falta não são leis, nem Planos; nos faltam manejo efetivo e gestão.
No longínquo ano de 1936, Magalhães Correa, autor do livro O Sertão Carioca, ao percorrer as matas do então Distrito Federal, já avisava que a caça e a extração de lenha corriam soltas nas Florestas Protetoras da União, conhecidas por Pedra Branca, Pretos Forros e Covanca.
Com efeito, por essa época, era chique abater a fauna das matas cariocas. Na década de 30, Fortes, zagueiro do Fluminense e da Seleção Brasileira, era personagem contumaz de crônicas jornalísticas em suas intrépidas caçadas na Floresta dos Trapicheiros, na Tijuca. Isso ao arrepio das leis ambientais da época e nas barbas das autoridades federais do Rio de Janeiro, que àquela altura era a Capital da República.
Também as favelas que cresceram (e seguem engordando) às expensas da Mata Atlântica da suposta “maior floresta urbana do mundo”, o fazem apesar da existência de diversos dispositivos legais em contrário.
Há muitos anos já é proibido suprimir mata ciliar, poluir corpos d'água, caçar... Mas não se cumprem as leis. No caso da Mata Atlântica, ainda vemos, vez por outra, nos jornais, notícias de firmas multadas por desmatamento. Menos mal, mas ainda assim é péssimo.
Marc Dourejianni, membro da seccional Brasil da Comissão Mundial de Áreas Protegidas da UICN disse, no último Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação que “quem trabalha em Parque tem que gostar de andar no mato, dormir no mato, se lanhar no mato”. Falta-nos essa gente.

O exemplo da Austrália

Nesse sentido, vale a pena observar como a Austrália protege seus últimos trechos intactos de floresta pluvial úmida, que hoje equivalem a menos de 3% de sua superfície primitiva.
Em primeiro lugar, eles são prioridade absoluta. Ou seja, há uma política de tentar proteger cada centímetro ainda existente de mata tropical úmida, não importando a sua dimensão. Em conseqüência, há Parques Nacionais de todos os tamanhos; alguns com apenas 30 ha.
Muitos ambientalistas considerariam um Parque destes liliputiano demais para ser relevante de um ponto de vista da preservação. De fato, considerados estritamente sob este aspecto, assim o seria. A própria UICN recomenda que os Parques tenham, no mínimo, 1.000 ha; contudo, os Parques diminutos têm se mostrado muito úteis à causa da conservação.
Em alguns casos, a preservação, na categoria Parque, de várias pequenas áreas próximas umas das outras, ou inseridas em grandes centros urbanos, as transformou em ícones da causa ambiental para os moradores destas cidades, que através da visitação a esses Parques, considerados irrelevantes, passaram a ter um entendimento maior da necessidade de preservar.
Em outros casos, como o do inicialmente fragmentado Parque Nacional de Crater Lakes em Queensland, a proteção de vários pequenos bolsões desconectados, acabou criando as condições para que, anos depois, significantes áreas de uso agro-pastoril fossem desapropriadas de modo a implantar-se um corredor ecológico, por meio de reflorestamento, ligando os diferentes bolsões e dando relevância ao Parque como um todo.
Mais do que proteger nominalmente, contudo, a Austrália assegura o manejo adequado às áreas protegidas. Seja por administração direta dos Serviços de Parques, seja por meio de subdelegação às diversas municipalidades.
Enquanto isso, no Brasil, continuamos a claudicar. Recentemente, a candidatura de Rio à Patrimônio da Humanidade foi rejeitada porque o Pão de Açúcar carece de proteção legal adequada.
Será que os atributos cênico-culturais do Pão de Açúcar não são suficientes para incorporá-lo ao Parque Nacional da Tijuca?
Parece que não! De fato, há vozes em Brasília a defender que a própria Tijuca é irrelevante do ponto de vista da conservação ambiental. Afinal é muito fragmentada, sua mata não é primária, está infestada de espécies exóticas e é muito pressionada pelas favelas.
Não levam em conta seu valor como ícone de uma causa. Conseqüentemente, não fazem uso dele. O Corcovado, recentemente reformado, é visitado anualmente por 1 milhão de turistas. A vasta maioria sobe, admira a estátua e desce sem ser informado que está em um Parque Nacional (de Mata Atlântica); não há no Corcovado sinalização ambiental nem educativa reportando o visitante ao fato que ele está em um Parque Nacional (de Mata Atlântica).
Fosse o Corcovado na Austrália a história seria outra. Mas, como dizem os mais sábios, “o Brasil não tem que copiar modelos estrangeiros; tem é que criar os seus”. Vamos esperar que estes modelos sejam criados - e, sobretudo, implementados - antes que a Mata Atlântica esteja completamente extinta.
Não temos um Instituto Nacional de Unidades de Conservação. Os nossos Parques estão relegados a uma divisão subordinada a um departamento de um grande Instituto Nacional do Meio Ambiente.
Bonito, mas pouco efetivo. O exemplo da Serra da Bocaina, segundo maior Parque de Mata Atlântica do País, é sintomático. Não há patrulhas efetivas de fiscalização porque o Parque não possui funcionários suficientes para implementar atividades de manejo de fato. A parte média do Parque, ao redor da área conhecida por “Central”, tem visto as “roças” aumentarem a cada ano.
O aumento dessa agricultura de subsistência corresponde à equivalente construção de novas levas de moradias todos os anos. É mais gente que se aboleta dentro do Parque. No processo, os pés de moleque da centenária Estrada do Ouro que liga São José do Barreiro e Bananal a Mambucada são arrancados para que se construam os alicerces das novas habitações. Tudo contra a Lei. Mas como fazer para que a Lei seja cumprida? Multar por desmatamento equivale a prender um homicida. Pune o criminoso, mas não evita o crime. A Mata Atlântica, uma vez suprimida, não regenera ao seu estado original com o dinheiro da multa aplicada.
Não temos no Brasil a profissão de guardas-parque. Não temos a tradição de leis auto-aplicáveis, de sanções imediatas, como pede a Mata Atlântica. Poderíamos, entretanto, ter um melhor sistema de gestão.
Há, por exemplo, em vários Estados, batalhões ambientais subordinados às Polícias Militares e aos Bombeiros. As picuinhas políticas e as brigas de poder, todavia, os fazem sentar em quartéis urbanos, desconectados da sua atividade.
Se quiséssemos efetivamente resolver o problema da Mata Atlântica estaríamos aquartelando essa tropa dentro dos Parques Nacionais e Estaduais, colocando-os para fazer o serviço de guarda-parque, subordinados aos Diretores dos Parques. Como? Subordinar um policial estadual a um Diretor de Parque Federal? São órgãos diferentes, em esferas de Governo diversas. Impossível!
É difícil combater a realidade da burocracia brasileira. Executar as normas e gerir os parques é muito complicado. Legislar é mais fácil. Bem-vinda seja a nova Lei da Mata Atlântica. Melhor que ela seria, contudo, a vontade política de fazê-la cumprir.
O Brasil assumiu internacionalmente o compromisso de proteger 10% de cada um dos biomas que ocorrem no território nacional. No caso da Mata Atlântica, da qual só sobram 7% da sua superfície original, esse compromisso se traduz em proteger todos os seus remanescentes.


Bibliografia: Revista Eco 21, Ano XIV, Edição 87 < (http://www.eco21.com.br/) >
Fevereiro 2004.

Acessado em: 16 de Dezembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Iluminação das cidades piora poluição do ar

Uma pesquisa de cientistas americanos sugere que as luzes fortes de cidades podem piorar a poluição do ar.

O estudo da Administração Oceanográfica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) indica que a claridade que é jogada para o céu interfere com reações químicas.
Essas reações normalmente ajudam a limpar o ar da fumaça dos carros e fábricas durante a noite.
O estudo da NOAA foi realizado com a ajuda de uma aeronave que sobrevoou Los Angeles e foi apresentado na reunião da União Americana de Geofísica, em São Francisco.
Limpeza noturna – Escapamentos de carros, chaminés de fábricas e outros tipos de emissões formam uma mistura de moléculas que a natureza tenta limpar.
Para esta limpeza é usado um óxido de nitrogênio que quebra elementos químicos que, de outra maneira, formariam poluição e ozônio e que transformam o ar da cidade em algo irritante para as vias respiratórias.
A limpeza geralmente ocorre durante as horas de escuridão, pois o óxido de nitrogênio é destruído pela luz do sol, por isso este óxido de nitrogênio aparece apenas durante a noite.
As novas medições do NOAA indicam que a energia de luzes que ficam acesas durante toda a noite nos grandes centros urbanos estão suprimindo o óxido de nitrogênio. As luzes podem ser 10 mil vezes mais fracas do que o Sol, mas o efeito ainda é significativo.
“Nossos primeiros resultados indicam que as luzes podem desacelerar a limpeza noturna em até 7% e elas também podem aumentar em até 5% os (elementos) químicos iniciais para poluição por ozônio no dia seguinte”, afirmou Harald Stark, do NOAA, à BBC.
“Precisamos trabalhar mais para quantificar o próximo passo, que será o quanto de ozônio nós podemos ter no dia seguinte. Este trabalho será importante, pois muitas cidades estão perto de seus limites regulatórios em termos de níveis de ozônio. Então, até mesmo uma mudança pequena pode ser importante”, acrescentou o cientista.
A maioria das lâmpadas usadas em Los Angeles é de lâmpadas de vapor de sódio ou então halógenas. De acordo com Stark, mudar a iluminação pública para outros tipos de lâmpadas limitariam esse efeito.
Luz vermelha – O óxido de nitrogênio é menos afetado por luz vermelha, mas o cientista duvida que as autoridades municipais queiram iluminar as cidades com luzes vermelhas.
Mas, uma forma de lidar com o problema seria seguir as orientações ativistas que fazem campanha por “céus escuros”, que afirmam que é melhor manter as luzes apontadas para o chão para evitar que o brilho apague a luz das estrelas.
“Este efeito é mais grave no alto, no ar, do que diretamente no chão. Então, se você conseguir manter a luz apontada para baixo e não a quer refletida nos céus, para partes mais altas da atmosfera, então você certamente terá um efeito muito menor”, disse Stark.

Bibliografia: Ambiente Brasil < http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2010/12/15/64043-iluminacao-das-cidades-piora-poluicao-do-ar.html >

Acessado em: 15 de Dezembro de 2010

A Floresta Amazônica e o Futuro do Brasil

A floresta amazônica está sendo derrubada de forma acelerada porque tem pouco valor na percepção da sociedade brasileira atual, apesar de uma parte dos formadores de opinião afirmarem o contrário. Esta contradição entre o discurso e a realidade sócio-político-econômica é comum no mundo e ajuda a entender muito a respeito dos problemas de degradação ambiental que estão minando a sustentabilidade do empreendimento humano. Na realidade, o único “valor” aceito pela sociedade atual é o valor econômico-financeiro presente, ou seja, aquele contabilizado pelo Produto Interno Bruto (PIB) do ano em curso ou do próximo, pois é esse valor que pode reduzir a pobreza de uma parcela da população, dar ao país o “status” de desenvolvido e, logicamente, enriquecer os responsáveis pelo desmatamento.


Os demais valores da floresta beneficiam poucos (e.g., o valor estético – que beneficia principalmente os moradores e os eco-turistas), levarão mais tempo para serem realizados (e.g., o uso da biodiversidade que exige investimentos em pesquisa e desenvolvimento) ou simplesmente não são contabilizados no PIB (e.g., os serviços ecológicos – conservação de água e solo, filtragem de poluentes, polinização, etc. – e o valor ético – os direitos à vida dos outros seres vivos da floresta). É evidente que essa visão míope do valor da floresta não reflete seu valor real, nem em curto prazo e muito menos a longo prazo, especialmente se o país pretende ser um membro do primeiro mundo.



Bibliografia: Ambiente Brasil < http://ambientes.ambientebrasil.com.br/amazonia/artigos/a_floresta_amazonica_e_o_futuro_do_brasil.html >
 
Acessado em: 15 de Dezembro de 2010

sábado, 18 de setembro de 2010

Em torre na floresta, cientistas estudam partícula atmosférica em estado natural


Pesquisadores isolam pela primeira vez material sem contaminação.
Na selva, eles encontraram ar quase livre da influência humana.


Cientistas conseguiram estudar pela primeira vez aerossois formados pela floresta em seu estado natural, usando equipamento específico numa torre de 40 metros de altura em meio à selva amazônica. Os aerossois são partículas que influenciam a formação de nuvens, e portanto, definem o regime de chuvas.
Artigo publicado na última edição da revista Science explica que os pesquisadores escolheram a floresta ao norte de Manaus para fazer suas medições porque ali, na época chuvosa, há as condições atmosféricas mais próximas daquelas encontradas na época pré-industrial, quando o ar ainda não estava contaminado pela ação humana.
O estudo pode ajudar a entender as diferenças químicas entre ambientes poluídos e limpos, e como a formação de nuvens é afetada por elas. O regime de formação de nuvens na Amazônia tem influência global no clima.
“É um tipo de partícula líquida orgânica”, explica Ulrich Pöschl, do Instituto Max Planck, na Alemanha, em nota sobre a pesquisa. “É a primeira vez que alguém conseguiu registrar uma dessas partículas em isolamento, pois no Hemisfério Norte e outras regiões antropogênicas (com influência da presença humana), quando você coleta uma partícula é uma confusão e cheia de fuligem, nitratos e outros poluentes”.

Bibliografia: Globo Amazônia < http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1618948-16052,00-EM+TORRE+NA+FLORESTA+CIENTISTAS+ESTUDAM+PARTICULA+ATMOSFERICA+EM+ESTADO+NAT.html >

Acessado em: 18 de Setembro de 2010

MPF pede ação de PF para retirar gado criado em terras públicas no PA

Segundo órgão, animais deveriam ter saído há cerca de dois anos e meio.
No pedido, instituição também pede para Ibama medir danos ambientais.
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com pedido na Justiça Federal de Belém nesta semana para acionar a Polícia Federal a expulsar criadores de gado da Gleba Curuá, na cidade Altamira, no Pará. Segundo o órgão, a região ainda é habitada por bois piratas, nome dado ao gado criado em terra pública e geralmente desmatada de maneira irregular.

O local deveria ter sido desocupado há cerca de dois anos e meio, de acordo com o MPF, depois de decisão publicada pela Justiça Federal determinando a retirada imediata dos animais. A instituição lembra que a Gleba Curuá está localizada nos arredores da reserva indígena Baú, onde vivem índios kayapó.
O pedido para que a Polícia Federal seja acionada foi feito pelo procurador da República Felício Pontes Jr. Ele também pede que o Ibama e a Fundação Nacional do Índio (Funai) acompanhem a desocupação da área e que seja feito um levantamento sobre os danos ambientais causados pelo gado na região.
Segundo o MPF, a Gleba Curuá teve 6 km² de floresta devastada até março de 2008, quando foi proposta a ação judicial para retirada dos animais do local.

Acessado em: 18 de Setembro de 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

ONU e Equador criam fundo para proteger a Amazônia contra exploração de petróleo

Previsão é de que em 18 meses o valor chegue a US$ 100 milhões.
País está disposto a renunciar a 850 milhões de barris de óleo.

O Equador definiu nesta terça-feira (6) a criação de um fundo administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para receber doações que compensem o país por uma futura suspensão da exploração de seu maior campo petrolífero, situado no coração da selva amazônica, para proteger os recursos naturais.
O fundo será administrado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mas o Equador decidirá em quais projetos serão investidos os recursos doados. A previsão é de que nos primeiros 18 meses o valor chegue a US$ 100 milhões (cerca de R$ 174,8 milhões).
O governo equatoriano está disposto a renunciar a cerca de 850 milhões de barris de petróleo do campo de Ihspingo-Tambococha-Tiputini (ITT), a "joia da coroa" do petróleo do país, mas em troca espera a compensação de pelo menos metade dos US$ 7 bilhões (cerca de R$ 12,2 bilhões) que deixaria de receber.

O ITT fica no centro do Parque Nacional Yasuní, uma das reservas com maior biodiversidade do planeta, com cerca de 982 mil hectares. "A assinatura do instrumento financeiro é parte desse esforço permanente para nos aproximarmos da utopia de ter um planeta que respeite os direitos dos seres vivos", disse a ministra do Patrimônio, María Fernanda Espinosa, durante a cerimônia.

"A iniciativa Yasuní-ITT faz do Equador um país líder da conservação da biodiversidade, mitigação das mudanças climáticas e desenvolvimento social com justiça ambiental em nível mundial", acrescentou.
O campo ITT representa 20% das reservas petrolíferas do país, menor integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).Os recursos arrecadados serão destinados ao desenvolvimento de energias alternativas.
As autoridades garantiram que o país recebeu o apoio formal de Alemanha, Bélgica, União Europeia, Itália e Espanha. A Alemanha se comprometeu a entregar 50 milhões de euros (cerca de R$ 115,1 milhões) por ano.

Nas próximas semanas, representantes do governo equatoriano viajam por vários países, incluindo nações árabes, para obter aportes individuais e de empresas privadas.
O argumento do Equador para promover esse fundo é de que, ao deixar de explorar o campo ITT, o país evitará a emissão de 407 milhões de toneladas de carbono na atmosfera, quantidade equivalente às emissões de países como Brasil e França em um ano.
Em troca dos recursos, serão emitidos certificados de garantia em favor dos doadores, o que permitirá que os recursos lhe sejam devolvidos no caso de o Equador decidir explorar o campo. Se num determinado período o país não conseguir arrecadar os recursos, poderá explorar o ITT.
O Parque Yasuní foi declarado pela Unesco Reserva Mundial da Biosfera em 1989. Segundo estudos científicos, em apenas um hectare o parque abriga cerca de 655 espécies de árvores e arbustos, cerca de 590 espécies de aves e 80 tipos de morcegos, entre outras classes de flora e fauna.

Maioria das florestas tropicais deve perder espécies até 2100, diz pesquisa

Projeção estima efeito das mudanças climáticas e da ação humana.

Na Amazônia, 80% do bioma deve ser afetado, segundo os autores.

Estudo publicado na edição desta quinta-feira (5) da revista "Conservation Letters" aponta que até 2100, apenas entre 18% e 45% das plantas e animais da florestas tropicais úmidas do planeta permanecerão no seu estado atual. A maior parte desses ecossistemas está sujeita a perda de biodiversidade por causa das mudanças climáticas, da exploração madeireira e das alterações no uso do solo.
A pesquisa liderada por Greg Asner, da Carnegie Institution, nos EUA, combina novos dados climáticos e de exploração econômica dessas regiões. A ação humana direta, assim como as mudanças no clima, fazem com que a floresta tropical, a mais rica em biodiversidade, desapareça ou se adapte.
Com imagens de satélite e dados de alta resolução associados a 16 projeções climáticas globais, os autores criaram cenários de como diferentes tipos de espécies poderiam se realocar geograficamente até 2100.
O levantamento conclui que até 80% da Bacia Amazônica pode ter mudanças em sua biodiversidade. Para toda a América Central e do Sul, a projeção média é de dois terços. No caso da região do Congo, na África, entre 35% e 74% podem ser atingidos. Em todo o continente africano, cerca de 70% devem ter alteração na biodiversidade.
A Ásia e as ilhas do Pacifíco devem ser, dentre as regiões com florestas tropicais, as menos atingidas pelas mudanças climáticas. Ainda assim, devido à ação humana, entre 60% e 77% de suas florestas podem ter perda de biodiversidade até 2100. O propósito do estudo é apontar quais são os pontos mais sensíveis de floresta para orientar políticas de conservação.

Acessado em: 06 de agosto de 2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Consumo na China levou à matança de 280 mil tubarões no Brasil, diz ONG


A demanda por alimentos feitos a partir da barbatana de tubarão na Ásia está sendo apontada como a causa da matança ilegal de 280 mil animais na costa brasileira, nos cálculos de uma organização não-governamental com base em Porto Alegre.
O Instituto de Justiça Ambiental, que fez a estimativa a partir de autos de infração e apreensões do Ibama no Pará, entrou com uma ação na Justiça na qual demanda uma indenização bilionária de uma empresa de pesca por danos ambientais "irreversíveis e incontáveis" na costa paraense.
Os danos se referem à captura ilegal de 25 toneladas de barbatanas de tubarão e bexigas natatórias de animais não identificados, que a ONG acusa uma empresa de processar e revender ilegalmente. A mercadoria seria enviada provavelmente de portos no Rio Grande do Sul para o mercado asiático.
O instituto pede uma indenização de quase R$ 1,4 bilhão. No entanto, diz a ONG, o valor deverá subir à medida que forem apresentados pareceres técnicos sobre todos os ecossistemas afetados no decorrer do processo.

"Nunca ouvimos nada parecido. O que é assustador é que provém de apenas uma empresa. Imaginem então as quantidades que escapam da fiscalização do Ibama/PA", disse o diretor do IJA, Cristiano Pacheco.
"Quase não se fala na área costeira amazônica. Os brasileiros precisam saber que é a mais rica do país em biodiversidade marinha, banhada pela foz do Rio Amazonas."
Iguaria
As barbatanas de tubarão são consideradas uma iguaria na cozinha do leste asiático, e analistas dizem que o aumento da demanda, sobretudo da China, tem incentivado a extração dessa parte do animal para exportação ilegal.

O aumento do consumo do produto também atesta o crescimento do poder de compra dos consumidores chineses. Além disso, a barbatana de tubarão é usada em medicamentos.
Segundo o Instituo de Justiça Ambiental, os animais normalmente têm suas barbatanas retiradas para exportação ilegal e em seguida são jogados de volta ao mar.
"Essa é uma situação extremamente séria e representa apenas uma fração dos tubarões ilegalmente abatidos na costa do Nordeste brasileiro", disse Pacheco.
Dentre os animais abatidos, segundo a ONG, estão espécies marinhas em risco de extinção e vulnerabilidade, como o tubarão-grelha.
"Suprimir os tubarões dessa forma absurda e descontrolada colocará em colapso os ecossistemas marinhos na região, já que o tubarão é topo de cadeia, inventor da seleção natural nos oceanos e habitante deste planeta há mais de 400 milhões de anos."
Em maio, agentes do Ibama no Pará conduziram uma batida na empresa acusada e apreenderam cerca de 3,3 toneladas de barbatana de tubarão e mais 2 toneladas de bexiga natatória de outros peixes. A licença ambiental da empresa só permitia a comercialização de uma tonelada do produto por mês
Segundo declarou o Ibama na época, as barbatanas seriam vendidas a R$ 65 o quilo, enquanto as as bexigas natatórias custariam entre R$ 21 e R$ 81 o quilo.


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Instituição critica retirada das Galápagos de lista de bens em perigo



Um órgão consultivo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) criticou nesta quinta-feira (29) a decisão do Comitê do Patrimônio Mundial de retirar as Ilhas Galápagos, do Equador, da lista de bens em perigo, durante reunião realizada em Brasília.
“A retirada [da lista de bens ameaçados] deste lugar único no planeta e de importância mundial para a humanidade é prematura”, declarou Julia Marton-Lefèvre, diretora-geral da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Ela acrescentou que a IUCN “está disposta a continuar seu trabalho com o governo equatoriano, para aplicar plenamente as recomendações do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco”, com relação a medidas que devem ser adotadas para preservar as ilhas.
As 58 ilhas do arquipélago das Galápagos estão situadas no oceano Pacífico e foram inscritas na lista de patrimônios mundiais em 1978. Em 2007, foram incluídas entre os bens em perigo por causa do “turismo crescente” e outros problemas ambientais e sociais.

Projeto apóia a criação de unidades de conservação na Mata Atlântica



Com apenas 7,5% da área original conservada em fragmentos florestais, a Mata Atlântica ganhou mais um incentivo para a criação e ampliação de unidades de conservação. O Ministério do Meio Ambiente lançou chamada para apresentação, até 27 de agosto, de projetos cujo objetivo seja contribuir para a proteção, o manejo sustentável e a recuperação da Mata Atlântica, considerada um sumidouro de carbono de importância global para o clima e com relevante biodiversidade.
Base cartográfica, situação fundiária, uso do solo, situação socioeconômica de municípios são alguns dos estudos técnicos necessários à criação ou ampliação de unidades de conservação, assim como consultas públicas. Tais estudos serão apoiados pelo edital, que vai disponibilizar R$ 1,45 milhão. Cada instituição proponente poderá receber um máximo de R$ 260 mil, sendo R$ 80 mil para projeto de UC estadual e R$ 50 mil para cada área de UC municipal a ser criada. Os valores da contrapartida devem ser de, no mínimo, 20% e serão contempladas categorias de UCs previstas no SNUC (Lei nº 9.985/2000 e Decreto nº 4.340/2002), com exceção de áreas de proteção ambiental e florestas estaduais ou municipais.
Os recursos são do projeto “Proteção da Mata Atlântica II”, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, que se insere na Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI) do Ministério Federal do Meio Ambiente, da Proteção à Natureza e da Segurança dos Reatores Nucleares da Alemanha (BMU), com apoio técnico da Agência Alemã de Cooperação Técnica (GTZ) e apoio financeiro do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW). Os recursos serão geridos pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
A Mata Atlântica, considerada um dos biomas com maior biodiversidade no mundo, abarca em
cerca de 15% do território do Brasil 3.200 municípios, 17 estados e as maiores cidades do Brasil, onde vivem cerca de 120 milhões de brasileiros e são gerados aproximadamente 70% do PIB brasileiro.

Aquecimento pode obrigar cidades a repor areia das praias, diz cientista


As cidades litorâneas do Brasil precisam se preparar para comprar areia. Muita areia. Segundo o pesquisador Dieter Muehe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a elevação do nível dos mares pelo aquecimento global pode obrigar os municípios a reporem as praias “engolidas” pelo oceano.
De acordo com Muehe, esse tipo de intervenção – comum em locais em que o mar causa muita erosão – pode se tornar cada vez mais necessária nas praias urbanas, pois nelas a areia não pode recuar em direção ao continente com a subida do nível do mar, já que na maior parte dos casos há muros ou ruas na beira da água.
O pesquisador, autor do estudo “Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro”, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2007, é considerado um dos maiores especialistas brasileiros no estudo do litoral.
Edifícios – Segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), da ONU, a elevação da temperatura do planeta pode causar um aumento entre 18 e 59 cm no nível do mar até 2100. A previsão, apesar já ser preocupante, é considerada modesta por muitos especialistas.
Além de garantir de volta a área usada pelos banhistas, preencher novamente as praias poderia proteger as construções litorâneas, segundo o pesquisador da UFRJ. “Se não for feito o aterramento, os muros que cercam as praias vão junto com a erosão e o mar vai começar a atingir os prédios”, explicou o especialista durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre nesta semana em natal.
Boa qualidade – Devolver a areia às praias, contudo, não será tarefa simples. “É necessário avaliar de onde tirar areia, já que a que vai ser colocada tem que ser parecida com a original”, avisa Muehe. A matéria-prima usada na construção, por exemplo, seria muito grossa, além de cara.
Uma possível fonte de areia de boa qualidade é a que fica próxima às praias, no fundo do mar, explica o pesquisador. “Uma área em que a areia pode ser retirada é a plataforma continental, mas não pode ser em profundidades maiores do que 10 metros, pois ficaria muito próximo à costa, e também não pode ficar muito longe, pois aí a areia começa a juntar com lama, com carbonato.”
Outro problema, explica o especialista, é que a obra teria que ser refeita de tempos em tempos, já que as ondas tenderão a levar a areia de volta para o mar.
Ventos – Muehe conta que não é apenas o aumento do nível do mar que pode interferir no desaparecimento de algumas praias. Com o aquecimento global, pode haver mudança de direção dos ventos, quebrando o equilíbrio natural de transporte de sedimentos no mar.
Outro fator que pode diminuir a areia nas praias é a construção de barragens nos rios, já que elas impedem as grandes enchentes, responsáveis por levar terra para o mar.
Em situações específicas, de acordo com Muehe, a elevação dos oceanos pode causar o aumento da faixa de areia. É o que pode acontecer se as ondas atingirem falésias – penhascos à beira mar, mais comuns no Nordeste Brasileiro. Nesse caso, a erosão poderá desgastar as rochas e aumentar a disponibilidade de areia. Isso só ocorreria, contudo, em locais onde não houvesse barreiras artificiais em volta da praia.

sábado, 17 de julho de 2010

Importância da Consciência Ambiental - Lei que obriga os comerciantes do estado do Rio de Janeiro a estimularem a redução do uso de sacolas plásticas.




De autoria do deputado Carlos Minc (PT), a Lei 5.502/09 não proíbe as sacolas plásticas, mas estimula a redução gradativa do seu uso nos estabelecimentos para a proteção domeio ambiente, já que elas levariam no mínimo 100 anos para se decompor na natureza.

Os supermercados tiveram um ano para fazer a substituição. Quem não fez, a partir de sexta, deverá optar por uma das três obrigações da lei: fornecer bolsas reutilizáveis; dar desconto de três centavos a cada cinco produtos comprados sem o uso de sacola plástica ou trocar 50 bolsas desse tipo por 1 kg de alimento da cesta básica. As lojas ainda estão obrigadas a afixar cartazes informativos. A multa para o descumprimento de qualquer obrigação chega a R$ 20 mil.
Não se reduz a poluição banindo a sacola plástica, que nos inferniza menos do que as garrafas PET. Elas são necessárias para o lixo doméstico, por exemplo. Onde ele será dispensado de forma prática e segura?”, questiona Paulo Ramos, que quer suspender os efeitos da lei com o mandado de segurança até agosto, quando termina o recesso na Alerj. Ele está confiante de que os deputados derrubarão o veto de Cabral, aprovando seu projeto.Outra consequência perigosa apontada por Ramos é o surgimento de um “exército” de catadores que esvaziarão sacolas de lixo nas ruas para trocá-las por comida nos mercados. “Será o caos”, prevê o deputado.
Essa hipótese, no entanto, foi afastada pelo presidente da Associação dos Supermercados do Rio, Aylton Fornari. Segundo ele, os empresários não farão a troca e já optaram por dar desconto aos clientes que não pedirem sacolas plásticas. Mas a medida pode pesar no bolso dos consumidores. “Há possibilidade de esse custo ser repassado ao cliente”, avisou.

Previsão de 4 mil demitidos
Presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Rio, José da Rocha diz que o setor está apreensivo. Ele estima que 4 mil trabalhadores no estado fiquem desempregados com a lei: “As empresas sofrerão impacto na produção e na receita, que não quantificamos, mas será grande”.
Para Minc, os efeitos serão mais positivos do que prejudiciais, sobretudo para o meio ambiente. “Nossa meta este ano é retirar mais de 1 bilhão de sacos da natureza”, prevê ele, que vai fiscalizar mercados sexta-feira.
A gerente de vendas Sônia Gonçálvez(foto), 43 anos, já se habituou a usar sacolas retornáveis: “Sempre levo um monte quando vou para a rua. Cansei de ver esse material entupindo bueiros”. Jandira Mesquita, 52, só usava sacolas plásticas até ontem, quando foi informada da lei: “Comprei duas retornáveis agora e gostei. Dá até para levar para a praia”.

Acessado em: 17 de Julho de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Consumidor ainda não conhece origem da carne, diz pesquisa do Idec











Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) com frigoríficos e supermercados revela que o consumidor ainda não conta com informações adequadas sobre a origem da carne que compra. A divulgação do estudo ocorre quase um ano depois de representantes do setor assinarem acordo com o Greenpeace e o Ministério Público Federal (MPF) para monitorar a origem das carnes de fornecedores na Amazônia.
O Idec realizou a pesquisa por meio de questionários para avaliar a fidelidade das empresas ao acordo, cujo efeito reduz o desmatamento na Amazônia. As perguntas foram enviadas a 8 frigoríficos e a 12 redes de supermercados. Mas só responderam 5 frigoríficos e quatro supermercados.
Segundo a pesquisa, três frigoríficos informam na internet o nome das fazendas fornecedoras de gado, como prevê um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o MPF do Pará no ano passado. Entre os supermercados, apenas quatro possuem Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), mas mesmo assim é difícil obter informações sobre a origem da carne, segundo o Idec.
Por conta da pesquisa, a instituição também recebeu carta da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No texto, a entidade diz que deve implentar até o fim de 2010 o Programa Abras de Certificação da Produção Responsável na Cadeia Bovina, que está inativo no momento.
O estímulo à compra de carne que não tenha origem em áreas desmatadas ganhou novo fôlego há cerca de um mês, com o lançamento da campanha Carne Legal pelo MPF, apoiada pelo Idec. A campanha, porém, é alvo de críticas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
Nesta segunda-feira (12), a presidente da entidade, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), entrou na Justiça contra "irregularidades" na campanha.  Ela ajuizou uma ação popular na Justiça Federal de Brasília contra funcionários do MPF responsáveis pela campanha, alegando que informações divulgadas não consideraram dados oficiais.
A ação movida pela CNA diz que a campanha se baseia em "premissa falsa" e ressalta que "não existe sistema de rastreamento em todo o rebanho bovino brasileiro". Segundo a ação de Kátia Abreu, "é impossível para a população certificar-se da origem da carne que consome".
De acordo com Daniel César Azeredo Avelino, procurador da República no Pará, atualmente já existe tecnologia suficiente para rastrear a origem de toda a carne vendida no país. "Temos vários modelos aplicáveis de rastreabilidade e a legislação existe. Mas falta exigência do consumidor e falta vontade política das empresas. Além disso, a legislação também precisa ser cumprida", diz ele.

Acessado em: 16 de Julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Comissão da Câmara aprova relatório do novo Código Florestal


A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o novo Código Florestal aprovou o texto nesta terça-feira (6).
O texto foi aprovado por 13 votos contra 5. Ainda precisam ser votados nove destaques, que podem mudar o texto final.
O projeto será analisado no plenário da Câmara após a votação na comissão. Mas essa votação final só deverá ocorrer depois das eleições.
Após a aprovação, os deputados começaram a gritar “Brasil, Brasil”, e os ambientalistas “retrocesso, retrocesso”.
Na segunda-feira (5) o relator do Código, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) apresentou alterações em seu parecer sobre o Código. O parlamentar propôs retirar o poder dos Estados de reduzirem as faixas de mata ciliar ao longo dos rios.
Um dispositivo de sua proposta inicial, apresentada no começo de junho, previa que as unidades da federação diminuíssem ou aumentassem em 50% as chamadas APPs (áreas de preservação permanente) às margens dos cursos d’água.
Com o projeto de Rebelo, os rios com menos de cinco metros de largura poderiam ter a mata ciliar reduzida de 30 metros, o previsto pelo código atual, para 7,5 metros. Caso mantenha a proposta apresentada hoje, a faixa mínima fica em 15 metros. (Fonte: Nancy Dutra/ Folha.com)
Acessado em: 07/07/2010